sábado

Inteligência Emocional em Vendas e Frieza na Internet

Desde a "inclusão digital", muitos se acostumaram a saber da vida de todo mundo. Estamos na era dos observadores da vida alheia.
Nada melhor para as grandes empresas de internet, pois quanto mais informações reais, mais elas podem faturar. Um publicitário destina certo valor para o Facebook exibir propagandas direcionadas: por idade, perfil profissional, região etc.
Dessa maneira, a chance de conversão em vendas é bem maior.

Infelizmente as pessoas não percebem que há um efeito colateral.
Aquele que não tem uma foto é visto como alienígena. Aquele que não diz todas suas informações verdadeiras, é visto como covarde e até um "troll".
O que é troll? É um jargão de internet para se referir a alguém que incomoda ou se manifesta apenas para aborrecer as pessoas.

A partir de então, muitos consideram que opiniões contrárias são atitudes de troll. Não vêem com bons olhos essa participação num grupo, num fórum ou site. Se insistir em dizer que alguém errou, que algo está errado, imediatamente é assim rotulado.
É uma espécie de ditadura, agora na internet.

Alguns moderadores não percebem suas intransigências.
Ignoram que o espaço é de todos, e sem participantes, aquelas informações são inúteis. Afinal, digitamos para gente, não para máquinas.
Consideram-se reis. Basta algum administrador/dono de blog não "ir com sua cara", dar dois cliques e você está impedido de exercer seus direitos de cidadão.
De fato, é simples estar atrás de um monitor e banir alguém que está ali representado por uma figurinha.
Talvez a frieza seja um reflexo da "ditadura da ignorância". Tomaram formas de robô, ou esqueceram que por trás de uma representação existe um ser de carne e osso.
Tanto que é muito difícil imaginar fisicamente essas pessoas pegando no braço de alguém e levando-a para fora.

Em relação a pseudônimos, talvez aquela pessoa não goste de muita exposição, nem queira fazer parte do histórico do Rei Google. Tenha certeza: se você fizer comentários na internet usando nome e sobrenome, ficará devidamente registrado por décadas, e qualquer um poderá investigar sua vida. Saber seus gostos, sua profissão, sua idade, seus desentendimentos, suas tristezas...
Tudo o que você disse será usado contra você. Será que alguém gosta de ser perseguido?
Será que alguém gostaria de ser eliminado de uma seleção de emprego só porque o recrutador fez uma busca e encontrou o candidato dizendo palavrões há dois anos?

É justamente essa indiscrição que a massa "feicebuquiana" não compreende.
Eu já fiz boas amizades com gente 'sem nome' e 'sem rosto'. Só é preciso ter um pouco de sensibilidade para entender o que está escondido nas palavras de alguém. Sejam palavras boas ou ruins.
É fundamental que um vendedor cara a cara ou pela internet, antes de chamar a si mesmo de profissional, tenha noção de psicologia. Que saiba compreender que, ao contrário do que é ditado na imprensa, nem todos são iguais, e talvez aquele ser revoltado esteja passando por um problema. Ou tenha senso crítico aguçado.
Ou talvez aquele ser que vive elogiando seja um interesseiro. As possibilidades são muitas.
E como saber?
Converse. Ignorar não resolve o problema de nenhum dos dois.
Nem o seu, pois você está sendo incomodado e não aprende a lidar com pessoas, nem o dela que está ali por alguma razão. Dê chance. Não somos melhores do que ninguém.
Se você está achando que é melhor ou mais esperto só porque tem mais dinheiro, tenho uma má notícia:
vamos todos morrer. Quando estivermos num caixão, todo o dinheiro do mundo para nada vai servir.
Vamos apodrecer, quer queiramos ou não. Sinto muito pela minha objetividade e realismo.

Money bag



O dinheiro é necessário, mas quando se passa a amar e viver em função de dinheiro, já se torna doentio.
Tenho desgosto por aqueles que fazem todo o possível, até cometem ações ilegais para ganhar dinheiro. São pobres ricos, gente que tem todo conforto, mas emocionalmente vive na miséria. 


Quem trabalha diretamente com o público e gosta do que faz, precisa entender que é normal receber elogios, críticas e insultos(Oh!! Mas é).
Pense num atendente de telemarketing. Ele passa quase o dia inteiro ouvindo reclamação e se sujeita a ouvir tudo o que se possa imaginar.
Mas vamos por partes:
1) Quem está do outro lado da linha não o conhece. O ódio dele é contra a empresa, ou mais especificamente, contra o mau serviço. O atendente é meramente um representante, um elo entre empresa e cliente. É de se supor que o profissional seja obrigado a enfrentar. Não é preciso achar que é algo pessoal.

2) Mesmo quando é um ataque contra a pessoa, é preciso exercitar a inteligência emocional. Você não precisa ficar no nível dele. Mostre sua capacidade de argumentação. Se o cliente continua apelando a palavras vazias, você já fez sua parte. Não resta mais nada a fazer. O problema é dele.


Finalmente, com este texto pretendo abrir um pouco a mente das pessoas. Nem tudo o que parece, é. Cabe a nós lidarmos com as situações.